ÚLTIMAS NOVIDADES

10/recent/ticker-posts

Entrevista com António Caputo


 António Pedro , atualmente residente em Nova Delhi, India, vem de uma família angolana. 

Frequentou as escolas: Colégio Jesus é Salvador — Kicolo; Escola do Ensino Primário e Iº Ciclo do Ensino Secundário N. 4015 — Kicolo; Escola do Ensino Primário e Iº Ciclo do Ensino Secundário N. 4010 — Caop Nova. E fez o curso técnico médio em Informática com especialidade em Rede de Computadores e Programação no Instituto Médio Politécnico dos Dembos(anteriormente IMPP), Bengo nos anos 2016 até 2019.

Aos  seus 12/13 anos de idade, teve o seu primeiro contacto com a informática, embora não possuindo um computador, viu refúgio nos fascículos da irmã mais velha que na época frequentava o curso básico de informática, como resultado adquiriu noções básicas na área. Em função dos trabalhos escolares, António diz que teve o seu amor a primeira vista quando frequentava os Cybers Café.

No intervalo dos anos de 2014 à 2015, António adquire mais experiência por conta do PC portátil do seu malogrado tio Pedro Wandalica, que sempre acreditou nele. E através de uma oportunidade dada por Marcelino Xemuma dono do Cyber Xemuma, tornou-se assistente, solucionando avarias de hardware e software. Em 2019 exerce o cargo de estagiário técnico de redes na Escola de Formação de Professores Kimamuenho-Bengo, e posteriormente trabalhou como técnico de Suporte Informático na Sankif Lda., em Luanda.

Através da bolsa de estudo ganha da Embaixada da Índia em Angola em 2020 para fazer licenciatura em Ciência da Computação no Indraprastha Institute of Information Technology Delhi, onde atualmente faz o seu penúltimo ano e como estudante, trabalha como colaborador assistente de pesquisa em laboratórios de pesquisas da sua universidade, como o Multimodal Digital Media Analysis Lab, Human-Machine Interaction Lab, Network and Security Lab, e faz projetos independentes relacionados a computação em nuvem sob orientação do Diretor Fundador da universidade e Cientista da Computação Dr. Pankaj Jalote.

António, tem Marcelino Xemuma como seu maior impulsionador pela carreira em Tecnologia de Informação. Como pupilo, confessa que absorveu muito conhecimento, e dele ganhou como recompensa um PC portátil.

Embora ainda não exerce a sua carreira nas indústrias, António já vem trabalhando como freelancer em Desenvolvimento de "Software" para startups em Angola, Índia e nos Estados Unidos (remotamente) desde 2020. E como entusiata em projetos de código aberto, em 2022 participou no hackacthon Internacional sobre código-aberto(OpenHack by DevExperts), e contribui para o projeto Next Generation ‘Shell’, uma linguagem de programação moderna para DevOps, e foi o vencedor da nomeação “Melhor contribuição Individual”.

Trabalhar numa empresa de tecnologia de ponta onde possa continuar a aprender e crescer profissionalmente, e empreender no futuro são as suas perspectivas.

Gestão de tempo é a maior dificuldade de António, pois tem abraçado vários projetos desafiadores junto dos seus professores. Porém, a dinâmica de estudos no Indraprastha Institute of Information Technology Delhi o obriga a ser multi-tarefa.

O que o motiva a continuar, é a possibilidade de impactar positivamente a sociedade por meio da tecnologia.

"Acredito que, como engenheiro de software, posso criar soluções que tornem a vida das pessoas mais fáceis e ajudem a resolver problemas sociais."

A falta de acesso a recursos educacionais e tecnológicos, como computadores, cursos de programação e livros, foram suas maiores dificuldades no início da carreira.

Figuras como sua mãe, Evalina Samutali, seu padrinho João Almeida e seu irmão Francisco Bacia, são exemplos de superação. E profissionalmente aprecia figuras como Marcelino Xemuma, João Almeida, Felipe Lukebana, Felipe Mulonde, Cláudio Fernando Kiala(CFK), Manuel Ernesto, Pedro Massango, Anísio Gomes, Márcio Teixeira, e José Caseiro.

"A minha maior inspiração vem da minha vontade de aprender, crescer e ajudar os outros. Sou motivado por desafios e pela oportunidade de fazer a diferença".

António frisa que sempre e vai continuar contribuir em atividades filantrópicas e de ações sociais que visam ajudar a comunidade.

Para António, o seu Day One foi quando passou em todas etapas do processo de recrutamento da primeira edição do Programa Estagiar Unitel em 2020.

Contribuir positivamente para a sociedade e ajudar as pessoas a alcançarem os seus objetivos, são seus maiores anseios.

Desenvolvimento em diversas áreas, como educação, empregabilidade, empreendedorismo, liderança e trabalhar em vários projetos sem fins lucrativos onde o foco será partilhar conhecimento e ajudar a comunidade de Engenheiros de ‘Softwares’ é o contributo que deseja dar quando voltar a sua terra natal (Angola).

"Acredito ser importante investir no futuro da juventude para que eles possam se tornar líderes e agentes de mudança nas suas comunidades"

Como irmão, António deixa o seu conselho aos jovens de poderem buscar aprendizado, e que sejam resilientes e aprendam a superar seus obstáculos.

Como visão e missão, anseia tornar-se um profissional altamente capacitado, influente na sua área e desenvolver habilidades e conhecimentos para atender às demandas do mercado, e contribuir para sua organização e a sociedade em geral.

E em suas últimas palavras António diz que, integridade, ética, respeito e trabalho em equipa são valores que levam a excelência.

É isso pessoal, esta foi então mais uma rubrica do "Outro lado do Musseke", a revista onde todos podem brilhar.

Vamos, mas prometemos voltar em breve.

Não se esqueçam de partilhar o texto, conectar-se ao nosso blogue, curtir a nossa página, convidar os seus amigos e seguir-nos nas nossas redes sociais:

FACEBOOK:O Outro lado do Musseke

INSTAGRAM: @o_outro_lado_do_musseke

YOUTUBE: O Outro lado do Musseke


#ooutroladodomusseke #angola #luanda #índia #juventude

Enviar um comentário

0 Comentários